A Máfia ou Cosa Nostra, como é também chamada,
surgiu na Sicília na época da Idade Média e tinha como principal atributo
proteger as pessoas de determinada localização contra possíveis agressores.
Bom, de sua origem
até mais da metade do século XX, muitas mudanças ocorreram.
Alguns nomes são
lembrados quando falamos destes chefes do crime organizado, mas como estamos
falando sobre cinema, vamos comentar sobre Sam Giancana, considerado principal suspeito
das mortes de Marilyn Monroe, John e Bobby Kennedy.
Sam Giancana nasceu
em 1908, em Chicago filho de italianos vindos da Sicília - Itália, teve uma
infância pobre e marcada pela violência. Ainda adolescente integrou a gangue da
rua de Chicago “OS 42”.
Foi neste período
que ganhou o apelido de Momo ou Mooney, uma gíria do início do século XX que
significava “louco”.
Após muitos crimes,
e das brutas técnicas de aniquilamento de seus inimigos, que incluíam
instrumentos como facas, giletes, trituradores, navalhas; Momo ficou conhecido
como o assassino mais sanguinário de Chicago.
Já respeitado,
recebeu a visita de Joseph Kennedy, patriarca da família Kennedy, que precisava
da ajuda do mafioso, primeiramente para anular o desastroso casamento de Jack
Kennedy, e depois para que Giancana convencesse Frank Costello, outro líder de
gangue, a desistir de matá-lo, após uma divergência entre ambos em Nova York. Como
recompensa Joseph jurou a Momo que se seu filho Jack fosse eleito presidente
dos EUA ele estaria para sempre em dívida com ele.
E foi então que tudo começou...
Em 1957, Bobby
Kennedy, irmão de JFK, estabeleceu a Comissão McClellan que tinha como função
investigar as atividades do crime organizado, procurando evidenciar Jack
Kennedy como um candidato respeitável.
Mas, quando a Comissão
começou seu trabalho ficou claro que Bobby estava planejando um ataque em
grande escala ao submundo.
Evidentemente, Momo
viu-se ameaçado e começou a desvendar todos os segredos de Jack Kennedy. Não
demorou muito e descobriu a grande fraqueza de JFK, as mulheres, inclusive
Marilyn Moroe.
A ELEIÇÃO E A VITÓRIA
Momo ajudou Kennedy a se eleger, em 08 de novembro de 1960. Porém, JFK, fez questão de encerrar qualquer ligação com o crime organizado. Isso incluía Frank Sinatra, que era amigo de vários Mafiosos, e Momo persona non grata na mansão presidencial.
Momo ajudou Kennedy a se eleger, em 08 de novembro de 1960. Porém, JFK, fez questão de encerrar qualquer ligação com o crime organizado. Isso incluía Frank Sinatra, que era amigo de vários Mafiosos, e Momo persona non grata na mansão presidencial.
Agora Gincana
estava decidido a se vingar, e teve a ideia de que talvez assassinando a garota
da qual Bobby e Jack estavam ligados, ou seja, Monroe, fosse possível acabar
com o império dos chefões dos EUA.
E assim foi feito,
em 04 de agosto de 1962, por meio de suas conexões, Momo descobriu que Bobby
havia planejado um encontro com Marylin, e pôs seu plano em ação.
Às 11 horas da
noite, o coração de Marilyn pára e a estrela morre, nua, com o fone caído sobre
o travesseiro, pílulas ao alcance da mão, na casa vazia..., sozinha em seu
quarto. Até hoje paira dúvidas sobre as causas de sua morte...
Por ocasião da
autópsia, o laboratório de tóxicos da polícia de Los Angeles não encontrou
vestígios das NOVENTAS cápsulas nos
órgãos da atriz, Thomas Noguchi, assinou o certificado, declarando haver achado
cristais de barbituricos, apenas no sangue de Marilyn, tudo levando a crer que,
horas antes, ela tomara uma injeção e não aquela fabulosa quantidade de
pílulas.
Após a morte da
atriz, e antes da chegada dos policiais, foram retirados todos os indícios que
afetassem a imagem da família Kennedy... fotos, telefonemas, cartas de amor, tudo
meticulosamente removido do quarto onde encontrava-se o corpo.
Assim, a reputação impecável
de Jack e Bobby mantinha-se.
No ano seguinte, (22
de novembro de 1963), acontece o improvável, morre JFK, assassinado a tiros
enquanto desfilava num carro aberto nas ruas de Dallas. Acaba-se o sonho da presidência para a familia Kennedy.
Após anos, em 1975, Momo foi assassinado, baleado na cabeça, na boca e cinco vezes no queixo, o que levou os investigadores a supor que ele foi morto para ser impedido de falar.
BRITO, Dulce Damasceno de. Hollywood nua e crua: parte II. São Paulo: Círculo do Livro, 1992. 262 p.